domingo, 7 de setembro de 2008

Parnasianismo

Definição
Objetividade e descritivismo
• Reagindo contra o sentimentalismo e o subjetivismo românticos, a poesia parnasiana era comedida , objetiva: fugia das manifestações sentimentais. Buscando esta impassibilidade( frieza), empenhava-se em descrever minúcias, na fixação de cenas, personagens históricos e figuras mitológicas.
Rigor formal
• Opondo-se à simplicidade formal romântica, que de certa forma popularizou a poesia os parnasianos eram rigorosos quanto à métrica em rimas e também quanto à riqueza e raridade do vocabulário. É por isso que são freqüentes, nos textos parnasianos, os hipérbatos( ordem indireta), as palavras eruditas e difíceis, as rimas forçadas.
Retorno ao Classicismo
• Abordando temas mitológicos e da antigüidade greco-latina, os poetas parnasianos valorizavam as normas e técnicas de composição e, regra geral, exploravam o soneto (poema de forma fixa).
Arte pela arte
• Na busca da objetividade e da impassibilidade, o Parnasianismo foi uma época em que alguns poetas defendiam a "arte pela arte". Esta expressão sugere que a poesia não tomava partido, que não se comprometia composições políticas.



Características
• Busca pela perfeição formal
• Vocabulário culto
• Gosto pelo soneto
• Rimas raras; chaves de ouro
• Gosto pelas descrições
• Objetivismo
• Racionalismo, contenção das emoções
• Universalismo
• Apego a tradição clássica
• Presença da mitologia greco-latina
• Arte pela arte


Autores


• Olavo Bilac - atípico ao estilo (Hino à Bandeira)
• Alberto de oliveira (seguidor fiel do estilo)
• Raimundo Correia (pessimismo)
• Francisca Júlia (a primeira escritora, caracterizada por sua inabalável impassividade)



Texto
As pombas(Raimundo Correia)

Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...


E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...


Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;


No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

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